quinta-feira, 8 de março de 2012

Liberdade

“- As pessoas só querem ser livres!”

É óbvio que todos querem ser livres não é? Esse conceito é motivador de muitos outros, mas no final das contas está tudo interligado. O que eu vou tentar evidênciar aqui é um pouco sobre as necessidades originais que todos nós temos e que são motivos para nossa inquietação.

Ser livre é poder ter escolhas? É saber que pode escolher? Ou é fazer o que quer, quando quer? Vou me concentrar nessa última questão. Fazer o que quer exige no mínimo a compreensão do que se quer e isso quer dizer que numa sociedade como a nossa que tem conceitos baseados na pouca ou muita informação que cada um recebe, ninguém sabe realmente o que quer. Mas isso me faz questionar então porque querer liberdade, sendo que até o conceito de liberdade foi é e será controlado durante toda a história. Controlado por nós mesmos, por que nós somos a tv e nós somos o facebook... Afinal não foram cavalos que programaram tudo aquilo.

Então dentro das idéias primodiais, que o ser humano ainda vai ter conciência plena, onde está a liberdade??

Pra você realmente se sentir livre tem que se desprender totalmente, segue o passo a passo:

1- Reconhecer algo que te prende;
2- Se tornar no máximo um observador, totalmente imparcial daquilo que te prende;
3- Depois não reconhecer mais nenhuma ligação pois a imparcialidade quebra todas elas...

Por exemplo pra ser livre da culpa de um erro que cometeu na vida, o infeliz (ser humano comum) precisa perceber todos os motivos que o fazem sentir culpado, olhar pra esses motivos, e conseguir ser imparcial.(Estudo do caso).

Então o que é se desprender dos conceitos que nós mesmos criamos e criaremos sobre tudo ?

Ser Livre é não escolher, é estar imparcial e sem a menor pretensão de pretender.

A necessidade original da liberdade é melhor compreendida pelos orientais, e quem já conhece pelo menos um pouco sobre a ideia da meditação real ou a doutrina Zen, entende do que se trata a conexão do ser com a fonte divina.

Se alguém parou de ler no último parágrafo é por que não entendeu nem o primeiro, e pior que isso nem parou pra reparar em si mesmo o ser preso que é.

Continuando e explicando melhor a tal da fonte divina...

Nós seres humanos temos a dificuldade de entender que não estamos separados do universo e de tudo que há e que não há nele. Já deu pra entender que nossa carne e nossos ossos são feitos da mesma coisa que qualquer outra coisa material. Mas e a nossa tal individualidade? Essa coisa que chamamos de ser/consciência?

Eu nem estou preocupado em provar se a tal individualidade existe ou não, mas sim em comparar a nossa matéria (carne e osso) com a nossa consciência, e chegar à conclusão de que essa consciência veio de algum lugar: a tal fonte divina, e mais uma vez concluir que não estamos separados do todo...em sentido algum.

Então voltando à liberdade, podemos juntar tudo e entender que a necessidade de ser livre é a da consciência de entrar em contato com sua fonte e encontrar equilíbrio.

Se eu proponho que a liberdade tenha outra definição, então também devo propor uma explicação pra definição já existente. essa explicação virá...

3 comentários:

  1. "Afinal não foram cavalos que programaram tudo aquilo"
    huhahauhauhauhauah

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  2. Até porque cavalo não tem face, tem cara... hahahahaha

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  3. rs, agora deixando as piadinhas de lado:
    1. Confesso que liberdade sempre me causou medo. Liberdade requer desprendimentos e desapego, que ainda pode me causar certa dor.
    Mas há certas coisas das quais já estou pronta para me libertar e até preciso mesmo.
    Afinal, ninguém prossegue na viagem, carregando cada pedra pesada que encontrou no caminho. (não estou tirando a importância da experiência com essa frase... é só uma comparação... enfim)
    2. Sobre a parte oriental, na aula de Budismo que tive na UnB, o professor falou que para o Buda (Sidartha), chegar ao ponto máximo da evolução é se iluminar, se libertar.
    3. Sobre cada um de nós não estar separado do todo, eu li isso no livro que eu estava lendo e te falei :"Amor Verdadeiro" de Paddy alguma-coisa. Ela diz que parece estarmos separados porque temos uma percepção limitada (através de nossos sentidos). Só percebemos esse plano (material?físico? Não sei como chamá-lo), mas existe o plano subatômico, onde a interligação de tudo é mais perceptível.
    Eu acho que esse plano ilusório onde as coisas parecem separadas deve servir para alguma coisa em nosso aprendizado.
    4. E por fim, tem um parágrafo no qual você escreve "Ser Livre é não escolher, é estar imparcial e sem a menor pretensão de pretender.
    ", mas eu não entendi se você concorda com essa ideia ou se estava apenas citando-a. Sei lá, ela não parece muito coerente pra mim. Parece que ser livre é se tornar uma pessoa apática.

    Beijão, Luana. _o/

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